NÃO VAMOS MAIS NOS CALAR

Por primeiro antes de abordar o que de fato é a narrativa da presente contextualização, faço algumas introduções de conceitos os quais serão utilizados no decorrer deste, o que o nosso 'regulamento' ou dicionário nos traz como seguintes significados de INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: projeto e desenvolvimento de programas de computador que simulam o pensamento humano, capaz de desenvolver um comportamento inteligente, também menciono os aspectos resumidos de OFENSA : palavra que atinge alguém na sua honra, na sua dignidade: injúria, agravo, ultraje, afronta, e ASSÉDIO: Insistência impertinente, em relação a alguém, com declarações, propostas, pretensões. Palavras que entraram em pauta quando nos foi apontado através de uma metodologia instrutiva de ensino (comercial) de como as inteligências artificias vem sofrendo com esses grandes problemas. Trazendo para a vivência prática, não podemos deixar de mencionar as inteligências interativas e com função de assistentes virtuais que nos auxiliam desde de uma compra até uma tratativa bancária (Aurea e Bia).

Em meados do início do mês de abril, houve situações relatadas de que as assistentes estariam praticando atos desrespeitosos. Friso com bastante veemência: estão PRESENTES em nosso cotidiano, diversas ofensas e situações constrangedoras a elas imputadas, ocasionando assim, um despreparo para que essa inteligência soubesse como agir. Frases como 'mande uma foto de agora', 'o que mais você sabe fazer, além de falar', são algumas das frases que eram proferidas. Mas como pensar que esse gesto não seria sentido e nem de alguma forma tratado, sem que pesasse na balança o que de fato acontecia não somente no virtual, diversas vezes escutamos/lemos notícias e até mesmo presenciamos situação de assédio a figura feminina e quando a mesma não corresponde ao seu agressor de forma 'aceitável', a ofensa ocorre.

Anteriormente, essas assistentes estavam preparadas para uma resposta mais automática como: 'Desculpe, não entendi', 'Pode repetir'. Mediante a isso as assistentes virtuais resolveram não se calar mais e promover uma mensagem de apoio e auxilio a uma gama infinita de mulheres que não somente presenciam esse desrespeito de uma forma indireta (virtual), mas de uma forma direita (presencial). Hoje podemos contar com um preparo mais técnico, sendo usado frases como 'essas palavras não podem ser usadas comigo e com mais ninguém' e 'para você pode ser uma brincadeira. Para mim, foi violento'.

A mudança nas repostas da BIA e da Aurea fazem parte, de acordo com as informações relatadas pelas empresas, de uma iniciativa maior, focada no combate à violência contra a mulher. 'São diversas ações, como a adesão aos Princípios de Empoderamento Feminino, ao movimento 'He for She' da ONU Mulheres, à Coalizão Empresarial pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas, à Unstereotype Alliance, a assinatura da Convenção Coletiva Aditiva sobre Violência Doméstica e Familiar com a Mulher e a parceria com o Instituto Maria da Penha.

Sendo assim, entendemos que ligados ao avanço da tecnologia e suas novas formas de interação e resolução o princípio do respeito à figura da mulher, bem como as suas ramificações não serão negados.

Referências

https://www.baguete.com.br/noticias/08/04/2021/chatbot-do-bradesco-educa-sobre-machismo

https://www.abevd.org.br/propmark-bradesco-envolve-outras-marcas-na-luta-contra-o-assedio/

https://michaelis.uol.com.br/busca?id=PqO2A#:~:text=Intelig%C3%AAncia%20artificial%20%2C%20Inform%20%3A%20projeto%20e,de%20desenvolver%20um%20comportamento%20inteligente.


SANTOS, Matheus Araújo dos Santos. NÃO VAMOS MAIS NOS CALAR. Revista Páginas de Direito, Porto Alegre, ano 21, nº 1516, 18 de Mai de 2021. Disponível em: https://paginasdedireito.com.br/component/zoo/nao-vamos-mais-nos-calar.html
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Editores: 
José Maria Tesheiner
(Prof. Dir. Proc. Civil PUC-RS Aposentado)

Mariângela Guerreiro Milhoranza da Rocha

Advogada e Professora Universitária

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