Episódio 25 - Paulo de Tarso e seus juízes

Adaptação:

José Tesheiner

Narração: Lessandra Gauer e Marcelo Hugo da Rocha
Apresentação:

Marcelo Bopp Tesheiner

Publicação: 10/07/2014
Duração do episódio: 13 minutos e 45 segundos
Música: Julians Auftritt, de :Christoph Pronegg, :Klassik - Album 2008
Edição de áudio: André Luís de Aguiar Tesheiner

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Os julgamentos a que se submeteu o apóstolo Paulo no decorrer de sua vida :

Lê-se nosAtos dos Apóstolos, capítulos 21 e seguintes:

E depois daqueles dias, havendo feito os nossos preparativos, subimos a Jerusalém.

E, logo que chegamos, os irmãos nos receberam de muito boa vontade.

E no dia seguinte, Paulo entrou conosco em casa de Tiago, e todos os anciãos vieram ali.

E, havendo-os saudado, contou-lhes por miúdo o que por seu ministério Deus fizera entre os gentios.

E, ouvindo-o eles, glorificaram ao Senhor, e disseram-lhe: Bem vês, irmão, quantos milhares de judeus há que crêem, e todos são zeladores da lei.

E quando os sete dias estavam quase a terminar, os judeus da Ásia, vendo-o no templo, alvoroçaram todo o povo e lançaram mão dele,

Clamando: Homens israelitas, acudi: este é o homem que por todas as partes ensina a todos contra o povo e contra a lei, e contra este lugar: e, demais disto, introduziu também no templo os gregos, e profanou este santo lugar.

Porque tinham visto com ele na cidade a Trófimo de Éfeso, o qual pensavam que Paulo introduzira no templo.

E alvoroçou-se toda a cidade, e houve grande concurso de povo: e, pegando Paulo, o arrastaram para fora do templo, e logo as portas se fecharam.

E, procurando eles matá-lo, chegou ao tribuno da coorte o aviso de que Jerusalém estava toda em confusão:

O qual, tomando logo consigo soldados e centuriões, correu para eles. E, quando viram o tribuno e os soldados, cessaram de ferir a Paulo.

Então, aproximando-se o tribuno, o prendeu e o mandou atar com duas cadeias, e lhe perguntou quem era e o que tinha feito.

E na multidão uns clamavam de uma maneira, outros de outra: mas, como nada podia saber ao certo, por causa do alvoroço, mandou conduzi-lo para a fortaleza.

E sucedeu que, chegando às escadas, os soldados tiveram de lhe pegar por causa da violência da multidão.

Porque a multidão do povo o seguia, clamando: Mata-o!

E, quando iam a introduzir Paulo na fortaleza, disse Paulo ao tribuno: É-me permitido dizer-te alguma coisa? E ele disse: Sabes o grego?

Não és tu porventura aquele egípcio que antes destes dias fez uma sedição e levou ao deserto quatro mil salteadores?

Mas Paulo lhe disse: Na verdade que sou um homem judeu, cidadão de Tarso, cidade não pouco célebre na Cilícia: rogo-te, porém, que me permitas falar ao povo.

E, havendo-lho permitido, Paulo, pondo-se em pé nas escadas, fez sinal com a mão ao povo: e, feito grande silêncio, falou-lhes em língua hebraica:

E ouviram-no até certo ponto, e levantaram a voz, dizendo: Tira da terra um tal homem, porque não convém que viva.

E, clamando eles, e arrojando de si as vestes, e lançando pó para o ar,

O tribuno mandou que o levassem para a fortaleza, dizendo que o examinassem com açoites, para saber por que causa assim clamavam contra ele.

E, quando o estavam atando com correias, disse Paulo ao centurião que ali estava: É-vos lícito açoitar um romano, sem ser condenado?

E, ouvindo isto, o centurião foi, e anunciou ao tribuno, dizendo: Vê o que vais fazer, porque este homem é romano.

E, vindo o tribuno, disse-lhe: Dize-me, és tu romano? E ele disse: Sim.

eu o sou de nascimento.

E logo dele se apartaram os que o haviam de examinar: e até o tribuno teve temor, quando soube que era romano, visto que o tinha ligado.

E no dia seguinte, querendo saber ao certo a causa por que era acusado pelos judeus, soltou-o das prisões, e mandou vir o principais dos sacerdotes, e todo o seu conselho: e, trazendo Paulo, o apresentou diante deles.

E, pondo Paulo os olhos no conselho, disse:

Homens irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu: no tocante à esperança e ressurreição dos mortos sou julgado.

E, havendo dito isto, houve dissensão entre os fariseus e saduceus: e a multidão se dividiu.

Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito: mas os fariseus reconhecem uma e outra coisa.

E originou-se um grande clamor: e, levantando-se os escribas da parte dos fariseus, contendiam, dizendo: Nenhum mal achamos neste homem, e, se algum espírito ou anjo lhe falou, não lutemos contra Deus.

E, havendo grande dissensão, o tribuno, temendo que Paulo fosse despedaçado por eles, mandou descer a soldadesca, para que o tirassem do meio deles, e o levassem para a fortaleza.

Tomando conhecimeto de que mais de 40 judeus haviam jurado não comer nem beber antes de matá-lo, o tribuno

chamando dois centuriões, lhes disse: Aprontai para as três horas da noite duzentos soldados, e setenta de cavalaria, e duzentos archeiros para irem até Cesaréia:

E aparelhai animais, para que, pondo neles a Paulo, o levem salvo ao presidente Félix.

E escreveu uma carta, que continha isto:

Cláudio Lísias, a Félix, potentíssimo presidente, saúde.

Esse homem foi preso pelos judeus: e, estando já a ponto de ser morto por eles, sobrevim eu com a soldadesca, e o livrei, informado de que era romano.

E, querendo saber a causa por que o acusavam, o levei ao seu conselho.

E achei que o acusavam de algumas questões da sua lei: mas que nenhum crime havia nele digno de morte ou de prisão.

E, sendo-me notificado que os judeus haviam de armar ciladas a esse homem, logo to enviei, mandando também aos acusadores que perante ti digam o que tiverem contra ele. Passa bem.

Tomando, pois, os soldados a Paulo, como lhe fora mandado, o trouxeram de noite a Antipátride.

E no dia seguinte, deixando aos de cavalo irem com ele, tornaram à fortaleza.

Os quais, logo que chegaram a Cesaréia, e entregaram a carta ao presidente, lhe apresentaram Paulo.

E o presidente, lida a carta, perguntou de que província era: e, sabendo que era da Cilícia,

Disse: Ouvir-te-ei, quando também aqui vierem os teus acusadores. E mandou que o guardassem no pretório de Herodes.

E, cinco dias depois, o sumo sacerdote Ananias desceu com os anciãos, e um certo Tértulo, orador, os quais compareceram perante o presidente contra Paulo.

E, sendo chamado, Tértulo começou a acusá-lo, dizendo: (...)

Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo: e o principal defensor da seita dos nazarenos:

O qual intentou também profanar o templo: e nós o prendemos, e conforme a nossa lei o quisemos julgar.

Mas, sobrevindo o tribuno Lísias, no-lo tirou de entre as mãos com grande violência,

Mandando aos seus acusadores que viessem a ti: e dele tu mesmo, examinando-o, poderás entender tudo o de que o acusamos.

(...)

Paulo, porém, fazendo-lhe o presidente sinal que falasse, apresentou a sua defesa.

Então Félix, tendo-o ouvido,

mandou ao centurião que o guardasse em prisão, tratando-o com brandura, e que a ninguém dos seus proibisse servi-lo ou vir ter com ele.

Mas, passados dois anos, Félix teve por sucessor a Pórcio Festo: e, querendo Félix comprazer aos judeus, deixou a Paulo preso.

Entrando Festo na província, subiu dali a três dias de Cesaréia a Jerusalém.

(...)

E, havendo-se demorado entre eles mais de dez dias, desceu a Cesaréia: e no dia seguinte, assentando-se no tribunal, mandou que trouxessem Paulo.

E, chegando ele, rodearam-no os judeus que haviam descido de Jerusalém, trazendo contra Paulo muitas e graves acusações, que não podiam provar.

Mas ele, em sua defesa, disse: Eu não pequei em coisa alguma contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César.

Todavia Festo, querendo comprazer aos judeus, respondendo a Paulo, disse: Queres tu subir a Jerusalém, e ser lá perante mim julgado acerca destas coisas?

Mas Paulo disse: Estou perante o tribunal de César, onde convém que seja julgado: não fiz agravo algum aos judeus, como tu muito bem sabes.

Se fiz algum agravo, ou cometi alguma coisa digna de morte, não recuso morrer: mas, se nada há das coisas de que estes me acusam, ninguém me pode entregar a eles: apelo para César.

Então Festo, tendo falado com o conselho, respondeu: Apelaste para César? para César irás.

E, passados alguns dias, o rei Agripa e Berenice vieram a Cesaréia, a saudar Festo.

E, como ali ficassem muitos dias, Festo contou ao rei os negócios de Paulo, dizendo: Um certo homem foi deixado por Félix aqui preso,

Por cujo respeito os principais dos sacerdotes e os anciãos dos judeus, estando eu em Jerusalém, compareceram perante mim, pedindo sentença contra ele.

Aos quais respondi não ser costume dos romanos entregar algum homem à morte, sem que o acusado tenha presentes os seus acusadores, e possa defender-se da acusação.

De sorte que, chegando eles aqui juntos, no dia seguinte, sem fazer dilação alguma, assentado no tribunal, mandei que trouxessem o homem.

Acerca do qual, estando presentes os acusadores, nenhuma coisa apontaram daquelas que eu suspeitava.

Tinham, porém, contra ele algumas questões acerca da sua superstição, e de um tal Jesus, morto, que Paulo afirmava viver.

E, estando eu perplexo acerca da inquirição desta causa, disse se queria ir a Jerusalém, e lá ser julgado acerca destas coisas.

E, apelando Paulo para que fosse reservado ao conhecimento de Augusto, mandei que o guardassem até que o envie a César.

Então Agripa disse a Festo: Bem quisera eu também ouvir esse homem. E ele disse: Amanhã o ouvirás.

E, no dia seguinte, vindo Agripa e Berenice, com muito aparato, entraram no auditório com os tribunos e homens principais da cidade, sendo trazido Paulo por mandado de Festo.

E Festo disse: Rei Agripa, e todos os senhores que estais presentes conosco: aqui vedes um homem de quem toda a multidão dos judeus me tem falado, tanto em Jerusalém como aqui, clamando que não convém que viva mais.

Mas, achando eu que nenhuma coisa digna de morte fizera, e apelando ele mesmo também para Augusto, tenho determinado enviar-lho.

Do qual não tenho coisa alguma certa que escreva ao meu senhor, e por isso perante vós o trouxe, principalmente perante ti, ó rei Agripa, para que, depois de interrogado, tenha alguma coisa que escrever.

Porque me parece contra a razão enviar um preso, e não notificar contra ele as acusações.

Depois Agripa disse a Paulo: É permitido que te defendas.

Tendo Paulo apresentado sua defesa,

Agripa disse a Festo: Bem podia soltar-se este homem, se não houvera apelado para César.

Paulo foi conduzido a Roma.

Passou a viver na margem esquerda do Rio Tibre, perto da ilha Tiberina. Neste local ergueu-se uma Capela dedicada a sua memória “San Paolo alla Regola”. Sua situação ficou complicada por ser acusado de chefiar a seita cristã, ao tempo do reinado de Nero, em que pesava sobre os cristãos a acusação de terem incendiado Roma.

Em sua segunda carta a Timóteo, escreveu:

Quanto a mim, estou a ponto de ser imolado e o instante da minha libertação se aproxima.

Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé.

Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição.

O Senhor me salvará de todo mal e me preservará para o seu Reino celestial. A ele a glória por toda a eternidade! Amém.

Condenado, levaram Paulo ao longo da Via Ostiense até o local onde foi executado.

Fontes

http://www.abiblia.org/ver.php?id=5548#.U2bBol7O9GY. Acesso em 4/5/2014.

http://www.bibliaonline.com.br

http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_de_Tarso

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Editores: 
José Maria Tesheiner
(Prof. Dir. Proc. Civil PUC-RS Aposentado)

Mariângela Guerreiro Milhoranza da Rocha

Advogada e Professora Universitária

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